Alguns pacientes nos fazem essa pergunta com frequência...
Sempre nos questionamos sobre a questão de emagrecimento na vigência de situações estressantes. Via de regra, fisiologicamente falando perda de peso por estresse não ocorre (exceto quando o paciente ao viver situação estressante, diminui a ingesta calórica). É só pintar uma tensão forte, provocada por acúmulo de trabalho, trânsito caótico, discussão em casa e pronto: você aumenta a ingestão alimentar, muitas vezes sem se dar conta de que está passando dos limites. Para saber até que ponto o estresse é o culpado pelos seus quilinhos a mais, é preciso entender como esse mecanismo funciona.
A chave é um hormônio produzido pela nossa glândula supra-renal: o cortisol!O cortisol tem múltiplas funções, dentre elas auxilia na manutenção dos níveis glicêmicos e controle da pressão arterial.
Quando em excesso pode favorecer o ganho de peso. Mas afinal, que situações podem desencadear maior liberação do cortisol ?
O que ativa esta liberação são estressores como poluentes, alimentação rica em gordura saturada ou trans, excesso de sódio, adoçantes, o jejum prolongado (ficar horas sem comer alguma coisa), a ansiedade, a apreensão, o nervosismo, medicamentos (corticóides) , alcoolismo, privação do sono dentre outros.
A boa notícia é que mantendo uma dieta equilibrada e evitando os alimentos conhecidos como “estimulantes” podemos diminuir (e muito!) as causas do estresse – melhorando a qualidade de vida e evitando o ganho de peso.
Veja abaixo os alimentos que devem ser evitados:
Aumentam a liberação de adrenalina e esgotam as glândulas adrenais responsáveis por lidar com o estresse. Assim, altera o metabolismo causando o aumento de peso, especialmente quando combinada a uma dieta ruim
Aumentam o colesterol e limitam a assimilação de gorduras boas para o funcionamento cerebral.
Aumenta a pressão arterial e esvazia a glândula que nos ajuda a lidar com estresse. Tenha em mente que não estamos falando apenas do sal de cozinha, mas também de produtos industrializados ricos em sódio como temperos prontos, sopas desidratadas, caldos e extratos concentrados, amaciantes de carne, catchup, mostarda, maionese, molho de soja, molho inglês, extrato de tomate, salgadinhos industrializados: chips, amendoim, coxinha, pastel, etc.
Aumenta a energia a curto prazo levando à exaustão da glândula defensora do estresse. É uma fonte vazia de nutrientes que aumenta a irritabilidade e a depressão, enquanto diminui a concentração.
Aumenta a produção de adrenalina e noradrenalina, responsáveis por aumentar a tensão nervosa, ansiedade e estresse.
O segredo não é parar de comer tudo de uma vez, mas sim fazer um rodízio desses alimentos e nunca exagerar no consumo, ok? Semana que vem voltamos para falar sobre os alimentos que ajudam a modular o estresse e o cortisol.
Fonte: Liga da Saúde e Patricia Davidson
Pedimos gentilmente que coloquem o link do texto: Dr Estresse engorda, que foi publicado originalmente no meu blog www.ecologiamedica.net e posteriormente no www.ligadasaude.blogspot.com
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