
Já falamos pra vocês que não fazemos julgamento moral sobre medicação. Não tem medicação do bem, da mesma forma que não tem remédio do mal. Também não tem remédio certo ou errado... O que existe é medicação, bem como tratamento, mal indicada, quer um exemplo?
Este é um clássico: "- Ai querida, a minha amiga tomou o remédio e ficou seca rapidinho... toma também boba! você vai ver..." - TUDO ERRADO...
1°: remédio não seca, o que seca é toalha ou secador de cabelo.
2°: remédio não emagrece, ele tenta alterar o seu padrão alimentar e mesmo quando o padrão alimentar é alterado, não significa que a pessoa vai emagrecer.
3°: remédio não engorda, o que engorda é única e exclusivamente comer.
4°: "tireoide" não engorda! Deixe de ser sem vergonha... (sim, sem vergonha, porque este é um dos maiores argumentos utilizados por mulheres quando estão fora do peso) a tireoide quando insuficiente, diminui a velocidade do metabolismo fazendo o paciente reter líquidos (que o faz ganhar peso) e ficar inchado, não gordo...
5°: pare com essa história de arrebentar de treinar sem comer, isso é coisa de gente boba.
6°: todo, TODO REMÉDIO para "emagrecer" tem um papel coadjuvante na dieta, ou seja, ele AJUDA a pessoa que não consegue fazer dieta a FAZER DIETAAAA. Não tem essa de tomar remédio e não precisar fazer dieta - isso é coisa de gente mais boba ainda...
Agora as razões para você não cair de boca nos inibidores de apetite:
1. Existem vários tipos de inibidores do apetite: dos estimulantes das hipoxantinas aos anfetamínicos (cafeína até femproporex e afins) todos vão abolir a sua resposta de fadiga ao treino - o que é RUIM - porque na maioria das vezes você vai pagar com massa muscular o excesso de trabalho físico que fizer nos pesos.
Já os antidepressivos (como fluoxetina) vão diminuir seu limiar de fadiga e aumentar a sua percepção do esforço, aprisionando sua capacidade de fazer treinamentos de intensidade ou volume adequados, diminuindo o seu resultado em termos de perfil atlético. Os antidepressivos tricíclicos, como a sibutramina, além dos efeitos semelhantes aos da fluoxetina, ainda vão causar alterações no ritmo intestinal, sensação de boca seca, aumento da irritabilidade entre outros.
***Vale lembrar ainda que os antidepressivos em geral acabam por aumentar a sua seletividade por carboidratos, ou seja, ainda que comendo menos, você vai preferir se alimentar com carboidratos, o que vai desequilibrar o seu sistema insulínico, aumentar a sua fome e desencadear lipogênese (produção de gordura) por fatores hormonais
2. Tireoidianos NÃO SÃO
MEDICAÇÕES PARA EMAGRECER! Não seja tolo: além deles causarem efeitos miocárdicos
quando utilizados fora de quadros de hipotireoidismo e aumentando o risco de
complicações sérias, você vai experimentar os problemas causados pela retirada
destes remédios quando o fizer, como qualquer hormônio...
O que fazer então?
Tudo bem precisar de
ajuda para fazer uma dieta, às vezes precisamos para não passar mal. A função
do médico aí é ajustar o intervalo entre o início do período confortável de
fazer dieta com o mal estar causado pelo início dela, ou enquanto o paciente
ainda estiver se adaptando. Acredito que boa parte da qualidade profissional do
médico está em oferecer conforto ao seu paciente quando este está num processo
de perda de gordura, perda esta que não pode ser acelerada com medicação, mas
que pode sim ser acompanhada de substâncias que façam com que a pessoa seja
constantemente estimulada a permanecer na dieta e desta forma sim, alterar de
forma dramática a velocidade e a qualidade do resultado.
Sugiro então que vocês
se atentem para os seguintes métodos:
1. Sacietógenos: são substâncias ligadas a liberação de colecistoquinina - o que em minha opinião é o verdadeiro hormônio da felicidade (ahahahahaha) - é um dos responsáveis para que tenhamos aquela sensação de estarmos satisfeitos - de plenitude gástrica. Normalmente utilizamos estas substâncias pouco antes da refeição para que com menos alimento já tenhamos esta sensação, sem precisar ficar ingerindo grandes quantidades de alimento.
2. Educadores
alimentares: são medicações ligadas a diminuição da capacidade de absorção de
nutrientes como carboidratos e gorduras, que são classificados como educadores
alimentares porque acabam por causar, na vigência de uma fuga da dieta, efeitos
colaterais que fazem com que a pessoa seja obrigada a evitar o consumo em
excesso destes nutrientes em ordem de não apresentar sintomas como diarreia
incontrolável, gases, etc...
3. Moduladores do apetite fitoterápicos: na maioria das vezes muito mais seguros que as medicações alopáticas, os fitoterápicos tem se mostrado uma boa alternativa às medicações tradicionais.
Bom pessoal, é isso.
·
Evitem fazer dietas
malucas de ficar sem comer;
·
Evitem utilizar
medicações inibidoras de apetite sem o conhecimento do seu médico;
· Treinem de forma costumeira sem exageros;
· Treinem de forma costumeira sem exageros;
·
Tenham alimentação
regular - viva pela regra, uma vez que comer besteira ou ingerir bebidas
alcóolicas não é um hábito.
Fonte: www.superperformance.blogspot.com
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